Por isso eu tô aqui sorrindo frouxo, topando cada cafuné proposto

By Bruna Medeiros - março 30, 2023

Oi, gente!

Mal voltei e já fiquei um bom tempo sem escrever né?

Tem algumas coisas que eu acumulei e quero colocar aqui. Seguindo a linha do "meu museu particular" eu quero contar da minha viagem pra Guarulhos. Meu pai e minha irmã moram lá, então com alguma frequência eu vou pra lá visitá-los, e essa última visita foi muito maneira e especial.

Fui num sábado de manhã, normalmente vou de ônibus (inclusive tenho uma história aterrorizante e engraçada da viagem de volta pra minha cidade, leiam até o final).




Meu pai foi trabalhar, e eu e minha irmã fomos comprar uma marmita, porque perdemos um pouco a noção do horário conversando e arrumando algumas coisas. Eu fiquei abismada que a marmita custou R$10 e isso por si só é incrível, muito barato. Mas além de muito barato, era DELICIOSA. Juro, o feijão é clarinho clarinho, muito saboroso e ainda vem com salada.

Depois fui com a minha irmã para o SESC de Guarulhos, nós não conhecíamos e no geral somos cadelinhas do SESC em outras cidades, então estava passando da hora de conhecer o de lá. Pensem num lugar lindo e enorme! Lá é cheio de esculturas, desenhos, tudo muito lindo, cultural e com muita gente linda, ficamos apaixonadas.







    
Especificamente no dia que fomos havia uma feirinha de artesanato de mulheres incríveis, tinha desde cerâmica, a roupa, a acessórios, quadros, e por aí vai. Enquanto rolava a feirinha também teve um sarau, e outras apresentações de teatro, musica e arte. Acabou que compramos 2 bowls de cerâmica lindos, não tenho foto só deles, mas tenho de uma saladinha que fiz no meu.




Explorando o espaço do SESC Guarulhos descobrimos um cantinho lindo. Tinha uma horta, muitas borboletas (!!!), plantinhas e uma gatinha MUITO fofa. Conversamos com o segurança que estava lá e ele contou que ela sempre fica lá, e que ela é muito carinhosa e todo mundo ama quando ela aparece. Nos aproximamos e ela era um doce de gatinha, tinha o olhinho azul e deitou de barriguinha pra cima pra gente fazer carinho nela, quase dormiu com o carinho. O segurança foi bem bacana, contou várias histórias da gatinha, do espaço do SESC, contou das plantas que tinha na horta e até ofereceu Ora-pro-nóbis pra gente.








Comemos sorvete, e preciso dizer que amo o sorvete de iogurte com frutas vermelhas de lá, sério, eu já comi no SESC de Campinas, depois no de SJC, e agora no de Guarulhos, é sempre sensacional. Mais tarde fomos tomar café da tarde mesmo, e eu comi um bolo de maracujá que estava maravilhoso, junto com um mini pastel assado de queijo (com queijo e com mais queijo), um pão de queijo e um suco de laranja. Minha irmã comeu um sanduíche de palmito com pasta de manjericão que estava muito bom também, e ela tbm pediu salada e água de coco. Estava tudo uma delícia.






Enquanto a gente comia minha irmã viu em uma TV que ia ter, naquele dia, um show de um cara chamado Jota Pê. Eu não fazia ideia de quem era, mas minha irmã ficou em êxtase, disse que gostava muito dele, que era uma coincidência muito incrível a gente ter ido bem naquele dia, e por fim decidimos ir. Compramos o ingresso e ficamos enrolando lá até dar o horário (ainda ia demorar bastante).






Gente valeu TODA a espera, o show foi mais que incrível! Eu que não conhecia, virei fã. Inclusive estou escrevendo o post escutando a playlist dele. A energia do show estava maravilhosa, ele é muito alto astral e engraçado, e a música dele me tocou demais, uma delícia.

Acabou que eu conhecia uma música muito específica, chamada "No Mundo" do Jota Pê com participação de Lucas Mayer). Pelo que ele explicou é uma música dele que não fez muito sucesso porque foi pra uma publicidade que não foi aprovada. Fiquei até emocionada quando tocou e eu não entendi por que. Quando saímos eu consegui descobrir de onde eu conhecia. Quando eu trabalhava em uma loja de iluminação como vendedora eu sempre colocava a playlist "Pôr do sol na areia" no Spotify pra tocar, as minhas colegas de trabalho sempre brincavam comigo que não aguentavam mais as mesmas músicas. Coincidentemente tinha essa música lá, por isso eu fiquei emocionada, eu escutava todos os dias e foi uma época muito delicada pra mim.





Outra coisa que me tocou bastante no show foi uma história que ele contou sobre uma das músicas dele. Ele contou de duas amigas dele que se conheceram por acaso, num comentário de uma publicação dele, e que ele se inspirou pra fazer uma música sobre isso. No meu entendimento é uma música sobre estar aberto às possibilidades, porque o amor pode estar em qualquer lugar, basta a gente estar atento para ver. Pode não ter muito a ver com o objetivo dele com essa música, mas eu interpretei dessa forma e fez muito sentido pra mim. Achei demais. Inclusive é a explicação do nome do post de hoje. A música chama "Uns cafuné à domicílio", vou deixar um trechinho aqui:

"Entardecer no céu um terço de Lua
Rostos imersos em seus céus pelas ruas
E eu querendo só uns cafuné a domicílio

E tantos passos largos pelas estações
Sem tempo pra sorrisos e essas distrações
Privando os mesmos passos de um real destino

Mensagens ficam sem respostas
Romances sem histórias
Desejos já perdidos na vontade de ser

Por isso eu tô aqui sorrindo frouxo
Topando cada cafuné proposto
Só pra não perder por distração o amor"
    
Fica a recomendação do Jota Pê, as músicas são uma delícia.




Eu amo essas coincidências da vida, estar no lugar certo, na hora certa, conhecer coisas novas, ter experiências maneiras. Me senti viva. Foi um sábado muito divertido.

Domingo foi bem mais tranquilo, aproveitei pra passar um tempo com meu pai e minha irmã. Fizemos um almoço simples mas muito gostoso, com batata, lasanha, frango assado, arroz e maionese. E uma vitória: aprendi a cortar a salsinha bem fininha, eu tinha muita dificuldade (confesso que preciso cortar de novo pra ver se eu lembro, mas no dia funcionou muito bem haha). De noite entramos em um questionamento sobre de onde vem azeitonas e palmitos, e descobri que azeitona vem de uma árvore (!!!) e o palmito também. Parece besta, mas eu realmente nunca tinha parado pra pensar nisso.






Segunda consegui passar um tempo de qualidade com meu pai, ele me mostrou as plantinhas dele, a hortinha, as mudinhas que ele plantou e vingaram (não me lembro de que), me mostrou a mini samambaia, as rosas. Foi gostoso.

Ganhei esses dois recados peculiares da minha irmã também.










E por último também ganhei Moreninha do Rio. É uma delícia. E digo mais... pra mim é a melhor paçoca do Brasil hahah.




Finalmente chegamos no momento da história aterrorizante e engraçada da viagem de volta pra minha cidade. Fui pro aeroporto de Guarulhos pegar ônibus pra voltar pra minha cidade, consegui entrar tranquila, sentei na minha poltrona (informação importante: a última poltrona do ônibus e do lado do banheiro, costumo pegar essa porque normalmente vem sem ninguém do lado e é mais confortável) e a viagem começou tranquila.

Do nada o ônibus parou bem no meio da Dutra, achei que o ônibus tinha dado algum problema (as vezes acontece). Só que do mais absoluto nada entram dois policias armados e com um escudo se protegendo (escudo me lembra Capitão América, mas o dos policiais era bem fuleirinho hahah). Só que os policiais começaram a entrar olhando pro fundo do ônibus, bem na minha direção. Tirei o fone de ouvido pra ver se era comigo, porque eu não devia nada pra ninguém mas fiquei nervosa e quem tem c* tem medo né hahah. Só que na verdade eles não estavam olhando pra mim, e sim pro banheiro.

Chegou próximo a mim pareceu uma cena saída diretamente de The Blacklist ou qualquer outra cena de série policial. O que estava na frente abriu a porta do banheiro se protegendo com o escudo e apontando a arma pra dentro, procurando alguém. Só que estava vazio, aí ele virou pro outro e disse "Não é nesse ônibus aqui não". Mas ele estava muito ofegante e nervoso, parecia alguma coisa muito séria, deve ter acontecido algum B.O. muito grande em algum outro ônibus com gente armada. Eles foram embora e eu fiquei rezando pra a pessoa que eles estivesse procurando não tivesse se camuflado no meio dos passageiros, porque ele foi muito certeiro no banheiro, nem olhou pra quem estava sentado. Quando eles foram embora o motorista apareceu na porta lá na frente e falou com os passageiros "Vocês também levaram um susto? Porque minha nossa, eu fiquei muito assustado". Eu dei risada de nervoso contando pra minha irmã, porque na verdade eu quase me caguei de medo, nunca vi uma arma tão perto de mim. Fiquei pensando, se tivesse realmente alguém armado no banheiro e acontecesse alguma troca de tiros, eu era a primeira a ir de arrasta pra cima hahah, eu estava colada na porta do banheiro. Depois do nervoso passado eu consegui rir da história, foi emocionante e me senti em um episódio de série, mas eu também tive a certeza que não nasci nem pra ser da polícia e muito menos do crime, fiquei me tremendo até chegar em casa hahah.

E assim acabou essa viagem pra Guarulhos. Ufa, muitas emoções hahah.

Até a próxima visita!

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